segunda-feira, 1 de novembro de 2010

SIM, NÓS PODEMOS!





A mineira Dilma Rousseff é eleita a primeira presidenta do Brasil, depois de 510 anos de história e de 22 anos de democracia. Será, a partir do primeiro dia de 2011, a 11ª mulher a chegar ao Poder na América. Um número que apesar de crescente é ainda pouco expressivo.
A presidente eleita, economista de 62 anos, apesar de nunca ter se candidatado a um cargo de eleição popular, por seu destaque nos ministérios de Minas e Energia e da Casa Civil, foi escolhida e apoiada pelo atual presidente Lula para sucedê-lo.

No mundo todo cerca de 50 mulheres já ocuparam cargos de alto poder, atualmente de acordo com o estudo “As Mulheres do Mundo 2010”, divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro, apenas 14 mulheres no mundo ocupavam o cargo de chefes de Estado ou de governo no ano passado. Dentre estão as rainhas Elizabeth II da Inglaterra, Beatriz de Holanda e Margarida II da Dinamarca, a chanceler alemã, Angela Merkel, a primeira-ministra croata, Jadranka Kosor, e a presidente da Libéria, Ellen Johnson- Sirleaf, e outras.

No continente americano atualmente são três mulheres que estão à frente dos Governos de seus respectivos países. São as presidentas Cristina Kirchner e Laura Chinchila, da Argentina e da Costa Rica respectivamente, a primeira-ministra de Trinidade Tobago, Kamla Persad-Bissessar.
Fora do continente americano, a mais recente mulher a chegar ao Poder ocorreu na Austrália, onde Julia Gillard tomou posse como a primeira chefa do Executivo de seu país.

Segundo a reportagem da BBC Brasil, estas vitórias eleitorais parecem refletir um avanço feminino na política que obedece a "uma nova mudança cultural", declarou a ex-governante chilena Michelle Bachelet. Bachelet, que deixou este ano seu cargo com 84% de popularidade e foi escolhida, em uma pesquisa realizada em setembro, como a melhor governante da história de seu país, disse recentemente que a presença feminina nos mais altos cargos do poder é "uma exceção".
A Argentina é o único país da América que teve mais de uma mulher no comando do país. Em 1974, María Estela Martínez, "Isabelita", assumiu o governo após a morte de seu marido Juan Domingo Perón. Foi derrubada pelo golpe de Estado de março de 1976, o mesmo que ocorreu com a segunda governante americana, a boliviana Lidia Gueiler, que chegou à chefia de Estado em 1979 e oito meses depois foi obrigada a ir para o exílio.

Acredito que a ditadura militar na América Latina e no Brasil retardou a chegada da mulher ao poder, bem como a participação feminina nas disputas eleitorais. Na Argentina, as duas mulheres que chegaram ao poder, foram pela popularidade dos maridos ex- presidentes.
A eleição de Dilma Rousseff que apesar da trajetória própria, de não ter sido indicada por ligação familiar, representa um avanço em nossa jovem democracia, no entanto teria ela sido eleita se não fosse o apoio e a popularidade do presidente Lula?

Mas o fato é que a maioria dos eleitores brasileiros (56%), um pouco mais de 55 milhões, aprovou a indicação do presidente Lula e a elegeram como nossa presidenta.
Apesar de não ter votado nela, temos que agradecer este momento e ao presidente Lula, por ter proporcionado a oportunidade a uma mulher, que já mostrou ser guerreira, de governar o nosso país. Acredito que dentro dos aliados de Lula como Palocci, José Dirceu, Marta Suplicy, Mercadante e outros, ela me parece realmente a melhor escolha.

O meu desejo é que ela honre a confiança depositada pelos eleitores, como ela mesma disse em seu pronunciamento, honre a nós mulheres, que após os quatro anos de seu mandato, nós possamos repetir a sua frase pronunciada após a eleição: “Sim, nós podemos!”
Que as mulheres possam cada vez mais participar da vida política do país, assumir cargos de poder em empresas, nos serviços públicos e em outros, mas que o façam por méritos profissionais e não apenas por indicações e apadrinhamentos.

Que a nossa presidenta governe realmente com o olhar de mãe, com mais atenção aos menos favorecidos, mas que seja firme no combate à corrupção, que tira dos necessitados, que impede o bom funcionamento dos serviços públicos, que desvia recursos da saúde, que paralisa obras de extrema importância, enfim que atrapalha o nosso desenvolvimento.

Parabéns, boa sorte e que Deus abençoe a nova presidenta, Dilma Rousseff!

Fonte dos dados: BBC Brasil (MSN notícias) de 01/11/10 e g1.com.

Um comentário:

  1. Bom dia colega.

    Ótimo artigo, desconhecia o numero de mulheres no poder... interessante.

    Quanto a Presidente Dilma... tomara mesmo que de conta de governar nosso país e olhar para o povo brasileiro como uma mãe olha para um filho...

    Ela precisará de mais do que "coragem" para fazer bem feito e sinceramente espero que não lhe falte sabedoria.

    É isso ai, parabéns as mulheres. Parabéns a Dilma. Felicidades ao Brasil.

    Abraços.

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