sexta-feira, 29 de outubro de 2010

OS DEBATES POLÍTICOS


Infelizmente estamos assistindo nos debates tanto para governador

como para presidente, uma grande troca de acusações por erros de governos

anteriores ou administrações passadas. O pior ainda quando levam para o lado pessoal,

julgando as pessoas, desmerecendo o adversário pelo fato dele ter recebido apoio de A ou B.

Esquecem que todos somos humanos e sujeitos a falhas, o importante

é tentar impedir que elas venham ocorrer novamente e creio que

os candidatos deveriam conduzir suas argüições no sentido de impedir que os erros do
passado voltem a se repetir, apresentando propostas reais e possíveis de se concretizarem.

Esta troca de acusações infelizmente só leva mais ao descrédito da população que espera

amadurecimento e crescimento político.
Que Deus nos abençoe para que possamos fazer a melhor escolha para o Amapá e para o Brasil.
Boa eleição!

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UM HOMEM INTERESSANTE

Foi em janeiro de 1988, era muito jovem, recém formada, era médica residente do primeiro ano de cardiologia do Hospital dos Servidores do Estado de São Paulo (HSPE), um dos maiores da América Latina com cerca de mil leitos, estava iniciando o estágio no serviço de Moléstias Infecciosas (MI) que ficava no 13° andar.
Vivíamos o auge da epidemia da AIDS, praticamente todos os pacientes internados naquele andar eram portadores da doença.
A MI como nós chamávamos era um dos melhores serviços do hospital e do Estado, era muito limpo e organizado, tinha reuniões científicas de discussões de casos toda semana, o chefe do serviço na ocasião era o Dr. Vicente Amato Neto, médico infectologista famoso, autor de livros e muito conceituado.
Após a reunião de boas vindas com os novos residentes, a médica residente do 2° ano que me orientava, me disse: vá examinar este paciente, colher a anamnese, ele é irmão do Henfil e é um homem interessante. Ao dizer isto, me veio à mente apenas as imagens engraçadas do cartunista do jornal.
Peguei o prontuário do paciente Herbert José de Souza, entrei no quarto e me apresentei, era um senhor que aparentava ter 50 anos, pequeno, magro e com os dentes grandes, dócil, foi gentil respondendo as minhas perguntas. Eu queria saber a quanto tempo estava doente e como soube que era portador do vírus HIV. Não me ative a pessoa, pois não sabia nada sobre ele, queria saber apenas os dados relevantes à patologia que ele apresentava.
Então ele me disse que era hemofílico, ele e seus dois irmãos, que recebia transfusões de sangue desde criança e que seus irmãos já haviam contraído a AIDS, que ele já vinha fazendo exames para detecção do vírus. A sua preocupação era a de que existiu um período que ele provavelmente já tinha o vírus e os exames de anti HIV davam negativos, foi necessário fazer outro mais específico para confirmar que era portador. Disse ainda, o indivíduo pode ser portador e não sabe, faz o exame e ele se mostra negativo, pode assim transmitir o vírus a outras pessoas.
Levei o caso para discussão com os outros colegas, eles demonstraram a preocupação com o período denominado de janela imunológica (tempo entre a infecção inicial e o desenvolvimento de anticorpos detectáveis contra a infecção), ele é variável e pode levar 3-6 meses para soroconversão e teste positivo. A detecção do vírus usando a reação em cadeia da polimerase (PCR) durante o período de janela é possível e as evidências sugerem que uma infecção pode ser detectada mais cedo do que quando se utiliza os testes rotineiros.
Só algum tempo depois pude conhecer melhor a sua história e não somente a da doença, como a da música que ouvia muito na infância, na voz de Elis Regina: “Meu Brasil / que sonha com a volta do irmão do Henfil / de tanta gente que partiu...”, feita em sua homenagem na época da campanha pela Anistia.


UM POUCO SOBRE BETINHO

Betinho como ficou conhecido, era sociólogo, nasceu em Bocaiúva, norte de Minas Gerais em 03/11/35 e faleceu em 09/08/97, foi ativista dos direitos humanos brasileiro. Ele costumava dizer: "Eu nasci para a desgraça, porém com sorte”.
Seu pai trabalhou em uma penitenciária e em uma funerária. Sua formação teve grande influência dos padres dominicanos, foi membro da JEC (Juventude Estudantil Católica).
Manifestou-se contra o golpe militar de 1964, em 1971 foi obrigado a se exilar no Chile, lá assessorou Salvador Allende até este ser deposto em 1973. Morou depois no México e no Canadá.
Em 1979 retornou ao Brasil, passou a se dedicar à luta pela reforma agrária, sendo um de seus principais articuladores. Betinho também integrou as forças que resultaram no impeachement do Presidente da República Fernando Collor. Mas o projeto pelo qual se imortalizou foi, provavelmente, a AÇÃO DA CIDADANIA CONTRA A FOME , A MISÉRIA E PELA VIDA, movimento em favor dos pobres e excluídos.
Teve vários livros publicados como:
• Estreitos Nós (crônicas). Editora Garamond
• Em Defesa do Interesse Nacional (coletânea de textos de vários autores como Fernanado Henrique Cardoso.
• No Fio da Navalha (biografia). Revan.
• A Cura da Aids (ensaios sobre AIDS e Política de Saúde). Relume Dumará.
• Ética e Cidadania (entrevista). Editora Moderna.
• A Lista de Alice (crônicas). Companhia das Letras.
• Como Se Faz Análise de Conjuntura. Editora Vozes.
• O Estado e o Desenvolvimento Capitalista no Brasil (em co-autoria com Carlos A. Afonso). Editora Paz e Terra.
• A zeropéia (infanto-juvenil). Editora Moderna.
• A Centopéia que Pensava (infanto-juvenil). Editora Moderna.
• A Centopéia Que Sonhava (infanto-juvenil). Editora Salamandra.
• A Centopéia Que Cantava(infanto-juvenil). Editora Salamandra.

Dizia que como soropositivo, se via forçado a "comemorar a vida todas as manhãs".

Outras frases marcantes e ainda atuais:

“O Brasil tem fome de ética e passa fome em conseqüência da falta de ética na política”.

“Um país não muda pela sua economia, sua política e nem mesmo sua ciência; muda, sim, pela sua cultura”.

“Democracia serve para todos ou não serve para nada”.

Neste ano, a Comissão de Anistia concedeu à família de Betinho uma indenização mensal, além de um montante retroativo, em razão da perseguição política sofrida por ele durante a ditadura militar, comprovada por documentos encontrados nos arquivos do antigo Departamento de Ordem Política e Social (DOPS).

Em 2006 foi lançado o filme TRÊS IRMÃOS DE SANGUE, sobre a vida dos irmãos Betinho, Henfil e Chico Mário. Idealizado pelo músico Marcos Souza, filho de Chico Mário, o filme teve direção e roteiro de Ângela Patrícia Reniger.

Depois de tantos anos resolvi escrever como eu o conheci, após encontrar na internet a carta que ele deixou para sua esposa, Maria Nakano, com quem viveu 27 anos e teve 02 filhos.

Esta carta eu recomendo principalmente para os que duvidam do verdadeiro amor entre um homem e uma mulher.

A carta foi lida um ano após sua morte pelo ator Jonas Bloch durante uma cerimônia no Centro Cultural do Banco do Brasil, na cidade do Rio de Janeiro.




UMA CARTA PARA MARIA


“Este texto é para Maria ler depois da minha morte que, segundo meus cálculos, não deve demorar muito.
É uma declaração de amor.
Não tenho pressa em morrer, assim como não tenho pressa em terminar esta carta. Vou voltar a ela quantas vezes puder e trabalhar com carinho e cuidado cada palavra. Uma carta para Maria tem que ter todos os cuidados. Não quero triste, quero fazer dela também um pedaço de vida pela via de lembrança que é a nossa eternidade.
Nos conhecemos nas reuniões de AP (Ação Popular), em 1970, em pleno Maoísmo. Havia um clima de sectarismo e medo nada propício para o amor.
Antes de me aventurar andei fazendo umas sondagens e os sinais eram animadores, apesar de misteriosos. Mas tínhamos que começar o namoro de alguma forma. Foi no ônibus da Vila das Belezas, em São Paulo. Saímos em direção ao fim da linha como quem busca um começo. E aí veio o primeiro beijo, sem jeito, espremido, mas gostoso, um beijo público. A barreira da distância estava rompida para dar começo a uma relação que já completou 26 anos!
O Maoísmo estava na China, nosso amor na São João. Era muito mais forte que qualquer ideologia. Era a vida em nós, tão sacrificada na clandestinidade sem sentido e sem futuro. Fomos viver em um quarto e cozinha, minúsculos, nos fundos de uma casa pobre, perto da Igreja da Penha. No lugar cabia nossa cama, uma mesinha, coisas de cozinha e nada mais. Mas como fizemos amor naquele tempo! Foi incrível e seguramente nunca tivemos tanto prazer.
Tempos de chumbo, de medo, de susto e insegurança. Medo de dia, amor de noite. Assim vivemos por quase um ano. Até que tudo começou a “cair”. Prisões, torturas, polícia por toda a parte, o inferno na nossa frente. Fomos para o Chile. E ali, chamado por Garcez para elaborar textos, acabei no agrado de Allende, que os usou em seus discursos oficiais. Foi a primeira vez que eu vi amor virar discurso político…
Depois passamos por muita coisa até voltar. Até que a anistia chegou e nos surpreendeu. E agora, o que fazer com o Brasil?
Foi um turbilhão de emoções: o sonho virou realidade! Era verdade, o Brasil era nosso de novo. A primeira coisa foi comer tudo que não havíamos comido no exílio: angu! com galinha ao molho pardo, quiabo com carne moída, chuchu com maxixo, abóbora, cozido, feijoada. Um festival de saudades culinárias, um reencontro com o Brasil pela boca.
Uma das maiores emoções da minha vida foi ver o Henrique surgindo de dentro de você. Emoção sem fim e sem limite que me fez reencontrar a infância.
Depois do exílio, nossas vidas pareciam bem normais. Trabalhávamos; viajávamos nas férias, visitávamos os amigos, o IBASE funcionava, até a hemofilia parecia que havia dado uma trégua. Henrique crescia, Daniel aos poucos se reaproximava de mim, já como filho e amigo.
Mas como uma tragédia que vem às cegas e entra pelas nossas vidas, estávamos diante do que nunca esperei. A AIDS. Em 1985, surge a notícia da epidemia que atingia homossexuais, drogados e hemofílicos. O pânico foi geral. Eu, é claro, havia entrado nessa. Não bastava ter nascido mineiro, católico, hemofílico, maoísta e meio deficiente físico.
Era necessário entrar na onda mundial, na praga do século, mortal, definitiva, sem cura, sem futuro e fatal. E foi aí que você, mais do que nunca, revelou que é capaz de superar a tragédia, sofrendo, mas enfrentando tudo e com um grande carinho e cuidado. A Aids selou um amor mais forte e mais definitivo porque desafia tudo, o medo, a tentação do desespero, o desânimo diante do futuro. Continuar tudo apesar de tudo, o beijo, o carinho e a sensualidade.
Assumi publicamente minha condição de soropositivo e você me acompanhou. Nunca pôs um “senão” ou um comentário sobre cuidados necessários. Deu a mão e seguiu junto como se fosse metade de mim, inseparável. E foi. Desde os tempos da cólera, da não esperança, da morte do Henfil e Chico, passando pelas crises que beiravam a morte até o coquetel que reabria as esperanças. Tempo curto para descrever, mas uma eternidade para se viver.
Um dos maiores problemas da AIDS é o sexo. Ter relações com todos os cuidados ou não ter? Todos os cuidados são suficientes ou não se deve correr riscos com a pessoa amada? Passamos por todas as fases, desde o sexo com uma ou duas camisinhas até sexo nenhum, só carinho. Preferi a segurança total ao mínimo risco.
Parei, paramos e sem dramas, com carências, mas sem dramas, como se fosse normal viver contrariando tudo que aprendemos como homem e mulher, vivendo a sensualidade da música, da boa comida, da literatura, da invenção, dos pequenos prazeres e da paz. Viver é muito mais que fazer sexo. Mas para se viver isso, é necessário que Maria também sinta assim e seja capaz dessa metamorfose como foi.
Para se falar de uma pessoa com total liberdade é necessário que uma esteja morta e eu sei que este será o meu caso. Irei ao meu enterro sem grandes penas e principalmente sem trabalho, carregado. Não tenho curiosidade para saber quando, mas sei que não demora muito.

Quero morrer em paz, na cama, sem dor, com Maria do meu lado e sem muitos amigos, porque a morte não é ocasião para se chorar, mas para celebrar um fim, uma história. Tenho muita pena das pessoas que morrem sozinhas ou mal acompanhadas, é morrer muitas vezes em uma só. Morrer sem o outro é partir sozinho. O olhar do outro é que te faz viver e descansar em paz. O ideal é que pudesse morrer na minha cama e sem dor, tomando um saquê gelado, um bom vinho português ou uma cerveja gelada.

Te amo para sempre,
Betinho,
Itatiaia, janeiro de 1997″

Fonte sobre sua biografia: Wikipédia


ANIVERSÁRIO DO CAIO


FELICIDADES, SAÚDE E PAZ!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Parabéns aos colegas médicos!



SER MÉDICO

Ser Médico...
aliviar sofrimentos
penetrar fundo nos tormentos
da humanidade.

Ser Médico...
dar de si profundamente
sentir a dor do doente
compreender a sua sorte
é se doar por inteiro
é romper o nevoeiro
que separa vida e morte.

Ser Médico...
uma vida a dar vidas
a mão que cura feridas
a palavra que conforta
o olhar compadecido
ele é sempre o amigo
que ao bater lhe abre a porta.

Ser Médico...
é infundir confiança
ao velho, ao jovem, à criança
é ser de Deus o instrumento
dando alívio à dor alheia
tecer fibra a fibra uma teia
seguindo o seu juramento.

Ser Médico...
é ter na mão a leveza
agir com delicadeza
é ver em cada criatura
o pai, a mãe, o filho, o parente
para que seu trabalho apresente
o dom verdadeiro da cura.

Ser Médico...
é empreender com carinho
conhecer e traçar seu caminho
sem jamais pensar no tédio
comprimidos não resolvem
nem diplomas se devolvem...
é uma paixão sem remédio!!!

Poesia de autoria da Drª. Murita L. da Cruz Rios Sampaio, em homenagem ao dia do médico - 18 de outubro.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

SERÁ O FIM DA NOSSA FLORESTA?


Ao ler a reportagem intitulada: Amazônia pode 'morrer' em 50 anos no MSN verde, fiquei preocupada com a nossa Amazônia, afinal é o nosso habitat e o de inúmeras espécies da flora e da fauna. Além disso, é a maior floresta do planeta e como viveremos sem ela?
Nós não saberemos se esta tragédia ocorrerá ou não, mas hoje já podemos sentir em relação há dez anos que o clima está mais quente e seco e a estação chuvosa já não é tão chuvosa assim.
Segundo um estudo internacional publicado na revista especializada Proceedings of the National Academy of Sciences, a floresta amazônica poderia "morrer" em 50 anos por causa de mudanças climáticas provocadas pela ação humana.
Segundo o mesmo estudo muitos dos sistemas climáticos do mundo poderão passar por uma série de mudanças repentinas neste século.
Os pesquisadores alegam que nós não devemos nos enganar por uma falsa sensação de segurança dada pela idéia de que as mudanças climáticas serão lentas e graduais.
Os sistemas mais ameaçados seriam a camada de gelo do mar Ártico da Groelândia, que já está se desfazendo em um ritmo acelerado. Dentre os sistemas mais ameaçados pelo aquecimento global, a floresta amazônica ocuparia a oitava e penúltima colocação no ranking feito pelos cientistas.
Que boa parte da chuva que cai sobre a bacia amazônica é reciclada e, portanto, simulações de desmatamento na região sugerem uma diminuição de 20% a 30% das chuvas, o aumento da estação seca e também o aumento das temperaturas durante o verão. E a freqüência de queimadas e a fragmentação da floresta, também contribuiriam para este desequilíbrio.
Segundo dados da FAO anunciados em março de 2010, o Brasil reduziu a área líquida desmatada em 20 anos, mas continua líder no desmatamento, seguido por Indonésia e Austrália. Cerca de 4 milhões de hectares são perdidos anualmente na América do Sul.
Há três importantes causas do desflorestamento no Brasil: as madeireiras, a pecuária e o cultivo da soja. Como boa parte opera ilegalmente, principalmente na Amazônia, os estragos na floresta são cada vez maiores.
Infelizmente não me parece ser apenas um alarme falso ou um certo terrorismo dos cientistas e ambientalistas mas sim uma verdade que teremos de encará-la antes que seja tarde demais.

Fontes:
BBC Brasil, http://www.bbc.co.uk/portuguese, Atualizado: 21/4/2009 2:0.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desflorestamento, 13/10/10

domingo, 10 de outubro de 2010

CÍRIO DE NAZARÉ, MAIS DO QUE UMA MANIFESTAÇÃO DE FÉ.


O Círio de Nazaré além der ser a maior manifestação católica do mundo é um dos acontecimentos culturais mais interessantes e importantes da história do povo paraense e dos brasileiros.
Impressionou-me muito desde que o conheci, pela sua grandiosidade, sua tradição forte e muito cultuada, não somente pelos católicos, mas por todos os paraenses. Esta tradição também é cultuada pelos amapaenses.
Segundo os historiadores a devoção de Nossa Senhora de Nazaré foi introduzida no Pará pelos padres jesuítas e teria começado na cidade da Vigia, no século XVII e o primeiro milagre que deu origem à procissão em Belém teria ocorrido em outubro de 1700. Conta-se que um lenhador filho de português, morador do atual bairro de Nazaré, ao andar pelas margens do igarapé Murutucu, teria encontrado a imagem da Nossa Senhora de Nazaré trazida por algum devoto oriundo da cidade de Vigia. Era uma réplica da estátua que se encontra em Portugal, esculpida em madeira, com aproximadamente 28 cm de altura.
O lenhador teria levado a imagem para sua casa, improvisando ali um pequeno altar. De acordo com a tradição, a imagem não ficou na casa, retornando misteriosamente ao lugar do achado. O fato teria se repetido outras vezes, então o lenhador decidiu erguer, às margens do igarapé, uma capela. A propagação do fato atraiu vários fiéis. Neste local hoje está erguida a basílica de Nossa Senhora de Nazaré.
Em 1774 a imagem foi levada à Portugal, onde foi restaurada. Em seu retorno foi acompanhada em romaria pelo Bispo, Governador e os fiéis, tendo sido considerado o primeiro Círio.
O termo “Círio” de origem latina e etimologicamente quer dizer vela grande cera. A procissão reúne milhares de pessoas, durando em média quatro horas, entre os quase cinco quilômetros que separam a Catedral Metropolitana da Basílica de Nazaré. Este ano estimou-se em dois milhões de pessoas acompanhando a imagem em Belém.
Além da manifestação de fé, o Círio traz vários simbolismos que apesar de polêmicos aumentam o seu encanto. O símbolo mais forte é a corda de quatrocentos metros que se liga à berlinda. A corda é muito disputada pelos fiéis e representa o cumprimento da promessa. A berlinda é onde a imagem é abrigada e todo ano recebe uma decoração especial. Ainda existe o manto enfeitado, os brinquedos de miriti, tradição das comunidades ribeirinhas e os símbolos pessoais, levados pelos fiéis, que simbolizam as suas promessas, são miniaturas de casas, de barcos, tijolos, cruzes, imagens, crianças vestidas de anjos, entre outros.
Junto com a manifestação religiosa existem outras manifestações culturais como as comidas típicas e o tradicional almoço em família no domingo, após a procissão.
Por sua grandiosidade, e muito merecido, o Círio de Belém foi registrado, em setembro de 2004, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como Patrimônio Cultural de Natureza Imaterial.
Por tudo isso o Círio de Nazaré é mais que uma festa cristã ou católica, mais do que uma manifestação de fé e devoção, de esperança do povo, que o acompanha e acredita em dias melhores, que espera um milagre ou um acontecimento bom em suas vidas ou agradece a ajuda ao sonho realizado e ao pedido concretizado.
O Círio é também uma manifestação artística, histórica e cultural de origem portuguesa, enriquecida pelos paraenses e hoje também cultuada pelos amapaenses e outras comunidades da região norte, sendo Nossa Senhora de Nazaré considerada a padroeira da Amazônia.
O meu pedido a Nossa Senhora de Nazaré é que ela interceda junto ao seu filho para que proteja a nossa Amazônia, as nossas famílias e continue abençoando o seu povo devoto.

Referências:
http://www.rubedo.psc.br/Artigos/cirionaz.html
http://www.achebelem.com.br/cirio-de
http://www.fundacaonazare.com.br/cirio2008/galeria_fotos.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

MOMENTO DE ORAÇÃO

Não devemos cuidar somente do corpo,
É preciso alimentar o espírito.
Em dias turbulentos, em momentos de angústia,
nada melhor que a oração para apaziguar o espírito.
Também nos momentos felizes
devemos sempre agradecer ao Senhor!

Como nesta oração que eu fiz em homenagem
aos nossos pais.


NOSSO PAI


Obrigado por conosco estar,
Por termos em quem confiar.
Ouvir tua voz a nos chamar,
E a tua palavra a nos encorajar.
Teus ensinamentos a nos guiar
E a tua criação a nos orgulhar.
Ensina - nos a amar e perdoar,
A lutar pela vida e a valorizá-la.
Os irmãos acolher e respeitar
E se alguma coisa falhar,
Mostra-nos como consertar.
Não nos deixes do caminho desviar,
Não deixes a vaidade nos dominar,
Não deixes o mal de nós apoderar,
Não deixes a esperança nos faltar,
Nem a tua lembrança de nós apagar.
Mas quando o cansaço chegar
E o corpo não puder mais agüentar,
Pai! Venha-nos buscar,
Para que juntos possamos sempre estar...

Ao meu Pai, ao Pai dos meus filhos, A todos os Pais e a DEUS: O Nosso Pai

OBRIGADA


Flores


Deixo essa flor para alegrar a sua semana!

OBRIGADA PELAS MAIS DE 400 VISITAS
NOS ÚLTIMOS 02 MESES!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PARABÉNS AOS ELEITOS!

Parabéns aos novos deputados eleitos, estaduais e federais, parabéns aos candidatos ao governo do Estado que irão disputar o segundo turno: Lucas e Camilo. Eu espero que façam uma boa campanha e que tragam boas propostas para a nossa população.
Ao candidato Jorge Amanajás, também o nosso parabéns, embora não tenha chegado ao segundo turno, teve uma votação expressiva e mostrou ser um grande lider político em nosso Estado.

Parabéns aos senadores Randolphe, pelos duzentos mil votos, e a Gilvam que provavelmente será o segundo senador.
A todos os eleitos que Deus os abençoe e que possam cumprir bem o mandato que o povo os concedeu, trabalhando principalmente em prol da população mais carente. Espero que façam projetos principalmente em busca de uma educação melhor para todos. Boa sorte!

Parabéns ao povo do Amapá que quer mudança!


É PRECISO ESTAR DE OLHOS ABERTOS TAMBÉM PARA A POLÍTICA!

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