terça-feira, 31 de julho de 2012

POR QUE QUERO SER VEREADORA?



Sou médica oftalmologista, nasci em Piranguinho, Sul de Minas Gerais. Sou filha do agricultor (Antônio) e da costureira (Terezinha), tenho sete irmãos. Nasci e cresci na zona rural, me formei em medicina na Faculdade de Medicina de Itajubá. Especializei em São Paulo, no Hospital dos Servidores, onde conheci meu falecido marido, Deputado Dalto Martins. 
Moro há 18 anos no Amapá e tenho três filhos (Renan, Renata e Caio). Sou servidora pública do Estado do Amapá e trabalho na CLIMED, localizada na Av. FAB, esquina com o Fórum, onde, juntamente com meu esposo, desenvolvemos trabalhos sociais ao longo desses anos. Sou advogada, membro da OAB/AP e faço especialização em Direito Constitucional.
Já fui membro do Conselho Administrativo da Unimed Macapá, sou membro do Conselho efetivo (diretoria) do CRM/AP, e atualmente, represento o Amapá junto ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Recentemente, representei o Amapá no Fórum Nacional de Saúde Ocular em Brasília, onde foram discutidas políticas públicas para melhoria da saúde ocular da população brasileira.
Quero representar a população macapaense na Câmara de Vereadores, se eleita, serei a representante da saúde na Câmara, lutarei por melhorias nas Unidades Básicas de Saúde. Lutarei pela implantação de um programa de saúde ocular no município, visando à busca e à prevenção da cegueira. Trabalharei na valorização dos servidores municipais, na criação de creches municipais, e encaminharei projetos que propiciem melhorias da qualidade de vida da nossa gente.
Sou uma mulher de visão, represento a renovação, a esperança de uma Macapá melhor. Meu número é 20111. Conto com o seu voto e o seu apoio.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Para isso fomos feitos

Para lembrarmos e sermos lembrados
Para chorar e fazer chorar
Para enterrar os nossos mortos
Por isso temos braços longos para os adeuses
Mãos para colher o que foi dado
Dedos para cavar a terra.

Assim será nossa vida:
Uma tarde sempre a esquecer
Uma estrela a se apagar na treva...
Um caminho entre dois túmulos
Por isso precisamos velar...
Falar baixo, pisar leve, ver

A noite dormir em silêncio.
Não há muito o que dizer:
Uma canção sobre um berço
Um verso,talvez de amor
Uma prece por quem se vai.
Mas que essa hora não esqueça

E por ela os nossos corações
Se deixem, graves e simples.
Pois para isso fomos feitos:
Para a esperança no milagre
Para a participação da poesia
Para ver a face da morte.
De repente nunca mais esperaremos...
Hoje a noite é jovem; da morte apenas
Nascemos, imensamente.

Autor desconhecido

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Será que a vida é curta?

      Nesta semana que completa dois meses da morte do Dalto, deixo esse poema em sua homenagem, que nos foi entregue pelo grupo Poesia na Boca da Noite de Macapá, no dia do seu velório:


"Não sei...
se a vida é curta ou longa demais pra nós,
mas sei que nada do que vivemos tem sentido,
se não tocamos o coração das pessoas.
Muitas vezes basta ser:
colo que acolhe, braço que envolve,
palavra que conforta, silêncio que respeita,
alegria que contagia, lágrima que corre,
olhar que acaricia, desejo que sacia,
amor que promove.
E isso não é coisa de outro mundo,
é o que dá sentido à vida.
É o que faz com que ela não
seja nem curta, nem longa demais,
mas que seja intensa, verdadeira,
pura...enquanto durar...."

(Cora Coralina)
Assim foi DALTO DA COSTA MARTINS ...

domingo, 17 de junho de 2012

I Simpósio Internacional do Trauma do Norte, em Macapá no Espaço Dalto Martins!

      É com satisfação que recebemos no espaço Dalto Martins a terceira Jornada de Trauma e Emergência de Macapá. Dalto Martins foi médico do serviço de emergência desde o período da residência médica em São Paulo e em Macapá também o foi por muitos anos. Ele adorava a medicina, principalmente a emergência médica, era um entusiasta das inovações da medicina. Hoje foi homenageado pelos presentes com um minuto de silêncio.
      O evento, importante para a medicina do Amapá, ocorre nos dias 17, 18 e 19 de junho e conta com a participação de especialistas nacionais e internacionais. Hoje palestraram os Drs. Antônio Marttos, da University of Miami (EUA) e Oswaldo Borráez, da Universidade Nacional da Colômbia. O Dr. Antônio Marttos comentou sobre a importância da telemedicina e o funcionamento do Centro do Trauma nos EUA, que interage com diversos serviços de emergência, dentro dos EUA e em outros países do mundo, como o Haiti e Iraque. Eles poderão também interagir com os médicos do serviço de emergência do Amapá, orientando simultaneamente, pela internet, no diagnóstico e tratamento dos pacientes vítimas de trauma. Ressaltou também a importância na valorização dos profissionais da enfermagem, uma enfermagem altamente especializada é determinante para o sucesso e o desenvolvimento de um serviço médico-hospitalar de excelência.
      Parabéns aos médicos amapaenses organizadores do evento: Dr. Marco Serruya (cirurgião de trauma) e Dr. Dirceu Lima (ortopedista), ambos especialistas do Hospital de Emergência do Amapá!
  

sexta-feira, 15 de junho de 2012

A MORTE NÃO PODE SER O FIM, NÃO É O FIM!

     Já se passaram 56 dias do falecimento do meu companheiro por mais de 20 anos, pai dos meus três filhos. Os momentos difíceis e as circunstâncias de sua morte não apagaram certos sentimentos, creio que a morte não seja capaz de destruir os nobres sentimentos, eles permanecerão conosco e sempre nos ajudarão.
     Em março deste ano por ocasião do dia internacional da mulher, ele deixou publicado em seu blog a foto abaixo onde dizia: "Parabéns às mulheres da minha vida, à minha companheira Maria Teresa Renó, à minha princesa Renata Martins, minhas irmãs e minha grande mãe, a quem dedico o meu eterno amor e gratidão. Que Deus as abençoe e as proteja sempre!"
   E também no twitter em 08/03/2012: "Bom dia a mulher maravilhosa @mariateresareno, há + de 20 anos companheira, mãe dos nossos abençoados filhos @renanmrtns @renatamrtns e @caioreno!"
  
                             Esta foto foi tirada em junho/2011 no aniversário de sua mãe Maricó.
    

     Há alguns dias postei a música "Gostava tanto de você", sem ter lido esse artigo escrito por Padre Fábio de Melo, que faz comentários sobre a mesma música que postei.
     Os sentimentos expostos pelo Padre, mesmo sendo de um pregador do cristinianismo, demonstra que diante da morte somos frágeis, desacreditados da vida eterna, sem esperanças, parece ser o fim de tudo, nossa fé é posta em provação. Até mesmo o filho do Criador, diante da dor e da morte que se aproximava, fraquejou-se, sentiu-se só e abandonado pelo Pai, que dirá de nós pequeninos.
   Mas o tempo nos consola, e só peço que o Senhor nos dê a fé necessária para acreditarmos realmente que a morte não é o fim.
   Como disse o Padre Paulo de Macapá na missa do sétimo dia com toda a sua convicção, não haveria nenhum sentido vivermos para acabar tudo com a morte, se morrer fosse o fim viver não teria sentido, e um vazio enorme é o que restaria em nós.
  

ARTIGO DE PADRE FÁBIO DE MELO

   'Eu sempre acho que às vezes na vida, a gente vive tão mal, às vezes a gente precisa perder as pessoas pra descobrir o valor que elas têm. Às vezes as pessoas precisam morrer pra gente saber a importância que elas tinham, e uma vez na minha vida isso aconteceu. Estava eu na minha casa de manhã, quando recebi um telefonema que minha irmã estava morta, minha irmã mais nova, cheia de vida de repente não existe mais.
     Fico pensando assim, que às vezes na vida o ensinamento mais doído seja esse, quando na vida nos já não temos mais a oportunidade de fazer alguma coisa, e o inferno talvez seja isso, a impossibilidade de mudar alguma situação.
     E quando as pessoas morrem já não há mais o que dizer, porque mortos não podem perdoar, mortos não podem sorrir, mortos não podem amar, nem tão pouco ouvir de nos que nos os amamos.
Eu me lembro que uma semana antes de minha irmã morrer, ela havia me ligado, foi à última vez que eu falei com ela e eu me recordo que naquele dia, eu estava apressado muita coisa pra fazer, e fiz questão de desligar o telefone rápido, sabe quando você fala, mas fala na correria porque você tem muita coisa pra fazer? E foi assim, se eu soubesse que aquela era a última oportunidade de ver minha irmã, de olhar nos olhos dela, de falar com ela, eu certamente teria esquecido toda a pressa, porque quando a vida é assim, e você sabe que é a ultima oportunidade, você não tem pressa pra mais nada, já não há mais o que eu fazer, e essa é a beleza da última ceia de Jesus.
     Não há pressa, o momento é feito para celebrar, a mística da última ceia está ali, Jesus reúne aqueles que pra ele tinha um valor especial, inclusive o traidor estava lá.
     E eu descobri com isso, com a morte da minha irmã, que eu não tenho o direito de esperar amanhã pra dizer que amo, pra perdoar, para abraçar, dizer que é importante que é especial.
Não! O amanhã eu não sei se existe, mas o agora eu sei que existe, e às vezes na vida nos perdemos... Eu me lembro quantas vezes na minha vida de irmão com ela, nós passávamos uma semana sem nos falarmos, por que ouve uma briga uma confusão, a gente se dava o luxo de passar uma semana sem se falar, e hoje eu não tenho mais nem 5 minutos pra conversar com alguém que foi importante, que foi parte de mim.
     Não espere as pessoas morrerem, irem embora, não espere o definitivo bater na sua porta, nós não conhecemos a vida e não sabemos o que virá amanhã, viva como se fosse o último dia da sua história, se hoje você tivesse que realizar a sua última ceia, porque é conhecedor que hoje é o último de sua vida, certamente você não teria tempo pra pressa. Você celebraria até o fim e gostaria de ficar no lado de quem você ama. Viver o cristianismo, é fazer a dinâmica da última ceia todos os dias, viva como se fosse o ultimo dia da sua vida, viva como se fosse a ultima oportunidade de amar quem você ama, de olhar nos olhos de quem pra você é especial.
       E depois que minha irmã morreu um tempo bem passado, eu descobri porque eu gostava tanto dessa musica que vou cantar agora, ela não fala de um amor que foi embora, o compositor fez para a filha que morreu em um acidente, então, fica muito mais especial cantá-la e descobrir o cristianismo que está no meio das palavras, por que é assim, quando o outro vai embora é que a gente descobre o tamanho do espaço que ele ocupava.

“Não sei por que você se foi
Quantas saudades eu senti
E de tristezas vou viver
E aquele adeus não pude dar...
Você marcou na minha vida
Viveu, morreu
Na minha história
Chego a ter medo do futuro
E da solidão
Que em minha porta bate...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você...
Eu corro, fujo desta sombra
Em sonho vejo este passado
E na parede do meu quarto
Ainda está o seu retrato
Não quero ver prá não lembrar
Pensei até em me mudar
Lugar qualquer que não exista
O pensamento em você...

E eu!
Gostava tanto de você
Gostava tanto de você..."

    Agora o triste da música é que a gente precisa conjugar o verbo no passado, a pessoa já morreu, já não a mais o que fazer, mas não tem nenhum sofrimento nessa vida que passe por nos sem deixar nenhum ensinamento,...tem que nos ensinar, não dá pra sofrer em vão, alguma coisa a gente tem que extrair...extraia o sofrimento e descubra o ensinamento. Se ele algum dia me tocou e me deixou algum ensinamento eu faço questão de partilhá-lo com você agora. Depois da morte da minha irmã eu faço questão de viver a vida como se fosse o ultimo dia.
     Já que o passado é coisa do inferno e a gente não ta no passado, muito menos no inferno...resta a possibilidade de mudar o verbo de trazê-lo para o presente e de cantá-lo olhando para as pessoas que são especiais, quem sabe cantando pra ela nesse momento...se ela ta do seu lado, se você tem algum amigo que mereça ouvir isso de você, alguém que faz diferença na sua história...ao invés de você dizer que gostava, você diz que gosta!
     Vamos mudar o verbo! Vamos amar a vida! Vamos amar as pessoas antes que elas vão embora!

       E eu...EU GOSTO TANTO DE VOCÊ! EU GOSTO TANTO DE VOCÊ!'

E eu acrescento a mensagem do Padre: "Aproveite hoje para buscar o entendimento e saudar alguém que é importante em sua vida, pois o amanhã poderá não existir."