sexta-feira, 25 de março de 2011

O GIGANTE RIO AMAZONAS


     No dia 6 de setembro foi instituído em Macapá o Dia Municipal do Rio Amazonas com objetivo de mobilizar a sociedade e os poderes públicos sobre adoção de medidas de preservação e utilização racional dos recursos oferecidos pelo rio. Acredito que ainda não exista o dia nacional ou mundial do Rio Amazonas.



 
 Nos mais remotos povoados do sul do Peru, os quéchuas, descendentes dos incas, costumam se referir ao Amazonas como o “deus que fala”, por causa do estrondo de suas águas nos cânions e despenhadeiros. É o mais longo rio do mundo, nasce no nevado Mismi, na cordilheira de Chila, nos Andes do sul do Peru, o que lhe dá uma extensão de quase 7.100 km. Os países que são banhados diretamente pelo rio Amazonas são: Peru, Colômbia e Brasil. Em suas bacias estão: Bolívia, Equador e Venezuela (apenas alguns trechos) e Guiana. O rio nasce com o nome de Apurimac a 5.500 m de altura, no departamento peruano de Arequipa, descendo as encostas da montanha até unir-se ao Urubamba, na divisa dos departamentos de Junín e Ucayali, para formar o rio desse nome; já na região das florestas equatoriais, o Ucayali se une ao rio Marañón (perto da cidade de Nauta, no departamento de Loreto) e forma o Amazonas peruano.


 O rio que nasce na Cordilheira dos Andes e deságua no Golfão do Marajó, que abrange os litorais do Amapá e Pará, tem o maior curso em volume e extensão do mundo e representa 16% da reserva de água doce do planeta.


 A tradicional imagem do curso barrento que serpenteia o verde da floresta é apenas um retrato de um rio de muitas faces. Ele nasce cristalino nos Andes, desce azul pelo deserto marrom do altiplano, fica verde nos precipícios do início da selva, ganha a tonalidade amarelada ainda na mata peruana e corta a Amazônia como um imenso tapete da cor de chocolate. É um gigante que desafia a ciência. A bacia amazônica é a maior do mundo com 5.846.100 km², quase o dobro da do Nilo




Ao entrar em território brasileiro o Amazonas é chamado de Solimões até 30 km a leste de Manaus, onde recebe as águas do rio Negro e recupera seu nome principal. Nos 1.900 km desde sua nascente até a planície na selva peruana, o rio realiza uma descida de 5.440 m; nos 5.200 km restantes, até o Atlântico, o desnível é de apenas 60 metros.


Em seu percurso, o Amazonas recebe quase 7.000 afluentes, que em conjunto ocupam uma área de quase 4 milhões de quilômetros quadrados. Os afluentes mais importantes são: o Ucayalli e Huallaga (ambos no Peru), o Javari, Madeira, Purus, Juruá, Xingu e Tapajós, na margem direita; na margem esquerda são o Pastaza e Napo (no Peru) e no Brasil: Negro, Japurá, Trombetas, Içá, Jari e Paru. Os rios da margem direita (vindos do sul) são os mais importantes em questão de volume, pois são mais caudalosos, sendo que os afluentes peruanos são os menos volumosos, uma vez que se originam do derretimento do gelo na cordilheira peruana.







Macapá no Amapá,  a única capital banhada pelo Rio Amazonas.


Macapá no Amapá, a única capital banhada pelo Rio Amazonas.






Futlama, tradicional futebol das tardes de Macapá, período de maré baixa.


                       Caminhar na orla do Rio é um hábito muito saudável dos amapenses.




Pesquisadores do Observatório Nacional (ON) encontraram evidências de um rio subterrâneo de 6.000 quilômetros de extensão que corre embaixo do rio Amazonas, a uma profundidade de 4.000 metros. Os dois cursos d'água têm o mesmo sentido de fluxo - de oeste para leste -, mas se comportam de forma diferente. A descoberta foi possível graças aos dados de temperatura de 241 poços profundos perfurados pela Petrobras nas décadas de 1970 e 1980, na região amazônica.






Fonte: http://www.portalamazonia.com.br/secao/amazoniadeaz/interna.php?id=294 17/06/11
http://blogs.estadao.com.br/olhar-sobre-o-mundo/o-rio-amazonas/
Texto: Leonencio Nossa

Primeiras Fotos: Celso Junior
Demais fotos banhando Macapá são minhas.

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