A CULTURA DA VIOLÊNCIA

Infelizmente somos um país violento, não somos um povo pacífico como dizem alguns, as estatísticas mostram o contrário, já comentamos sobre a violência contra a mulher em artigo anterior. Até mesmo em nossas comemorações, como o carnaval, costuma-se deixar um saldo de violência e mortes.
É encarando e conhecendo a realidade que podemos mudá-la; acredito que precisamos tomar medidas efetivas contra o consumo desenfreado de alcool e drogas em nosso país, importantes causadores de violência, além da educação para com o respeito alheio.

veja o que diz o Professor Luiz Flávio Gomes em seu blog:

A história comprova o quanto existe de verdade na afirmação de que todos os povos são influenciados pela “cultura da violência”. A violência, portanto, não é uma fatalidade, não é um acidente, não é um acontecimento raro e imprevisível. Nada disso. O contrário é o que caracteriza a realidade.

A cultura da violência demarca todos os povos
Meios de comunicação de massa e a cultura da violência
Todas as sociedades cultivam a violência. Todos nós somos violentos.

O homem se comporta, muito assiduamente, como se fosse um animal feroz. Aliás, se fosse um animal seria o mais cruel de todos. Sendo ele dotado de razão, seria de se imaginar que, em pleno século XXI, já tivesse extirpado do seu interior a nódoa da animalidade. Nada disso é o que acontece.

Foi com base na “razão” (no seu poder de raciocinar, no seu poder de planejar) que o homem gerou, em pleno século XX (dois séculos depois do Iluminismo), duas grandes guerras mundiais, várias guerras bilaterais, a tragédia de Auschwitz (tragédia nazista), as bombas de Hiroshima, o horror do Arquipélogo de Gulag, as guerras do Iraque e do Afeganistão, os conflitos no mundo árabe etc.

O ser humano é o único ser na Terra que pratica a tortura por prazer.

O Brasil é o sexto país do mundo em termos de homicídio. Aqui geramos, por ano, cerca de 46 mil mortes intencionais. De 1997 a 2007 foram assassinadas mais de 500 mil pessoas no nosso país.

A cultura da violência está mais presente que nunca no nosso meio. É o horror que toda essa violência gera que deve nos inspirar a levantar a bandeira (contrária) da não-violência. Manifeste. Dê sua opinião.

*LFG – Jurista e cientista criminal. Doutor em Direito penal pela Universidade Complutense de Madri e Mestre em Direito penal pela USP. Presidente da Rede LFG. Foi Promotor de Justiça (1980 a 1983), Juiz de Direito (1983 a 1998) e Advogado (1999 a 2001).