18/09/2010 - 03h00
Família 'blindou' corrupção no Amapá, diz Polícia
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JOÃO CARLOS MAGALHÃES
ENVIADO ESPECIAL A MACAPÁ
Ao assumir em março o governo do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP) fez como seu antecessor e apoiador, Waldez Góes (PDT), e envolveu quase toda a sua família nos diversos canais de corrupção identificados pelas investigações da Polícia Federal.
Sua mulher, Denise Carvalho, assumiu a Secretaria da Inclusão e Mobilização Social. Na chefia de gabinete dessa pasta ficou Solangelo Fonseca, cunhado de Dias.
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Benedito Dias, seu irmão, se tornou secretário especial da Governadoria, bem próximo ao governador. O cirurgião Eupídio, outro irmão, foi para a Secretaria da Saúde.
Um "parceiro" seu, segundo a PF, Sebastião Máximo, virou secretário de Planejamento, Orçamento e Tesouro. Todos esses órgãos estão no centro das dezenas de supostas fraudes detectadas pelas investigações da PF.
As apurações da PF apontaram para um suposto esquema de desvios de recursos públicos no Estado. Na semana passada, 18 pessoas foram presas --entre elas, Góes e Dias continuam detidos em Brasília.
Essa estratégia de lotear cargos de maior importância com familiares era comum nos sete anos em que Góes foi governador. Com ele, dizem os policiais, chegou a ter 60 membros de seu clã empregados no governo.
De acordo com a PF, essa era uma maneira de concentrar poder, dificultar o vazamento das operações tidas como ilegais e tentar se "perpetuar" no governo.
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