Elton John foi o editor chefe, nesta quarta-feira, do jornal britânico "The Independent" por ocasião do Dia Mundial da Luta contra a AIDS.
Elton John falou da esperança que a luta contra a AIDS desperta no mundo todo e disse encorajado pelas últimas estatísticas da UNAIDS (programa da ONU para o combate à doença), segundo as quais há 5 milhões de pessoas em tratamento e desde 2001 houve uma redução de 25% nas novas infecções nos países mais afetados.
Segundo a OMS, ao final de 2007, 33 milhões de pessoas conviviam com o vírus do HIV, sendo que 22,5 milhões somente na África e que diariamente, surgem 7.500 novos casos em todo o mundo.
No Brasil os dados são preocupantes, segundo o jornal folha de São Paulo, o total de casos de AIDS acumulado no Brasil entre 1980 e junho de 2010 é de 592.914 pessoas. Só no ano passado, 38.538 pessoas foram infectadas. O número é maior que o total de novos casos de AIDS em 2008, que somaram 37.465. Há uma incidência de 65,1% pessoas do sexo masculino contra 34,9% do sexo feminino, entretanto, o Ministério da Saúde já fala em uma feminização da epidemia no país, já que a diferença entre homens e mulheres é cada vez menor.
Os dados constam do balanço anual divulgado pelo Ministério da Saúde que além dos números, lança uma campanha contra a doença voltada aos jovens. Segundo Dirceu Greco, responsável pelo departamento de DST-Aids no ministério, há aumento de incidência da doença na população com idade entre 13 e 24 anos. "É possível que tenha caído o debate sobre os riscos da doença. A AIDS pode parecer como algo praticamente resolvido e não está", disse Dirceu Greco.
Existem avanços como o lançado, nesta quarta-feira pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Fiocruz), um novo teste confirmatório de diagnóstico do vírus HIV, que agora será feito em até 25 minutos, o método convencional leva até um mês para ficar pronto.
Os pesquisadores vêm tentando desenvolver uma vacina eficaz contra o vírus. Três laboratórios russos anunciaram neste mês que uniram esforços para desenvolver a vacina mais efetiva até o momento contra o vírus da AIDS, que já provou sua inocuidade em seres humanos, porém sua eficácia ainda é muito baixa de 30%.
Outro avanço na luta contra a disseminação da doença foi o pronunciamento recente do papa Bento XVI, enquanto anteriormente o papa havia dito que o uso de camisinhas punha em risco a saúde pública e ampliava o problema da AIDS em vez de ajudar a conter a doença, agora o pontífice afirma que no caso de homens que se prostituem, por exemplo, o uso de proteção seria "um ato de responsabilidade moral", ainda que as camisinhas "não sejam realmente o caminho para lidar com o mal da infecção pelo HIV".
"A declaração reconhece que um comportamento sexual responsável e o uso de preservativos têm um papel importante na prevenção do HIV, e representa um passo adiante e positivo", disse o diretor-executivo do UNAIDS.
A AIDS ainda é uma epidemia que não deve ser esquecida e como se diz, o melhor remédio é a prevenção.
É necessário conscientizar principalmente os jovens de um comportamento sexual responsável, que o combate a promiscuidade não é só uma questão moral ou religiosa é questão de prevenção.
Depois de muitos casos já presenciados, costumo dizer que o uso de camisinha nas relações sexuais deva ser indispensável, igual ao uso das luvas nos procedimentos médicos, para a prevenção não somente da AIDS, também de outras DST, como a provocada pelo papiloma vírus, que é responsável pelo desenvolvimento de câncer no colo uterino, além da gravidez indesejada. A menos que haja cumplicidade e verdade, sempre e recíproca.
Fonte: DST/AIDS do MS e folha.com de 01/12/10
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